RETIRADA DE AMOSTRA DEFORMADA

A amostra deformada de solo é aquela retirada com a destruição ou modificação apreciável de suas características in situ, também chamada de amostra amolgada quando ocorre a fragmentação do material amostrado. O solo retirado pode ser utilizado:

  • Na identificação táctil-visual;
  • Na preparação dos corpos de provas para ensaios de permeabilidade, compressibilidade e resistência ao cisalhamento;
  • No ensaio de compactação;
  • Nos ensaios de classificação (Granolumetria, Limites de consistência e Massa especifica dos sólidos).

A caracterização de um solo depende da qualidade da amostra e do procedimento dos ensaios. Tanto para a amostragem quanto para os ensaios existem normas técnicas que regem o assunto e que devem ser obedecidas.

Quando um volume de solo precisa ser caracterizado, normalmente não existe a possibilidade de que todo ele seja examinado, sendo necessário que amostras do mesmo sejam coletadas. Essas amostras devem ser mais representativas o possível do material original ou área a ser caracterizada.

O volume de amostra coletado deve ser suficiente para ser considerado representativo do local onde foi amostrado, sem impedir uma homogeneização satisfatória das subamostras que o compõe e possuir material suficiente para execução das análises necessárias e replicatas se necessário.

Eegundo BYRNES (1994), na organização de um programa de amostragem para uma área específica devem ser definidos:

  • Objetivos da amostragem de solo
  • Necessidade e utilização dos dados
  • Programa de amostragem

A retirada de amostragem para profundidades de até 1,0 m abaixo da superfície do terreno geralmente se utiliza pás, enxadas, picaretas entre outros equipamentos mais apropriados dependendo de cada caso. Quanto maior a profundidade maior a necessidade de utilizar ferramentas especiais como trados ou amostradores de parede grossa.

Deve ser enfatizado que a execução com sucesso dos objetivos delineados depende diretamente da qualidade do programa de amostragem planejado e da sua perfeita execução.

A responsabilidade da equipe de amostragem não limita-se a conseguir amostras representativas, mas assegurar que as mesmas cheguem ao laboratório sem alteração de suas características.

Após a coleta e acondicionamento, as amostras de solo devem ser identificadas. O principal objetivo da identificação das amostras é criar uma conexão entre a amostra recolhida e a sua origem, indicando ao laboratório as condições em que a amostragem foi realizada. A identificação é efetuada de duas formas, por meio de uma etiqueta e uma ficha de coleta. A primeira identificará cada amostragem com um número de identificação próprio e algumas informações básicas, como o cliente, data de amostragem, etc. Essas informações serão complementadas na ficha de coleta de amostras, onde, entre outras, constarão: número da amostra, nome do cliente, nome da pessoa responsável pela a coleta, data de coleta, local de coleta, descrição da amostra, condições de amostragem (temperatura, ocorrências de chuva), tipo de amostra (simples ou composta), análises laboratoriais a ser efetuadas, método de preservação utilizado, entre outras observações importantes que sejam solicitadas pelo contratante ou que se considere relevantes.

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